Como fica a remuneração na era da Gig Economy?
- Carreira
- 18 de outubro de 2022
- Fernanda Abilel
Empresas precisam se reinventar na era da Gig Economy, em que o vínculo das pessoas é mais inconstante
No final de setembro, a How2Pay Consultoria reuniu líderes de RH de grandes empresas parceiras para o lançamento do SMRTComp, seu sistema de gestão de remuneração. Neste evento, uma mesa redonda mediada pela editora de Forbes Carreira, Fabiana Corrêa, e composta por empresas que são referência de marca empregadora no Brasil e pela Top Employers (instituto global que certifica empresas em temas relacionados à excelência em práticas de RH) discutiu os atuais desafios na gestão de pessoas.
Este debate passou por temas como atração e engajamento de talentos, well being, agressividade e mix de remuneração, turnover, entre outros elementos que compõem o Employee Value Proposition. E tudo isso na era da “Gig Economy”, que contempla formas alternativas de trabalho, tais como prestação de serviços e projetos pontuais, freelancers e trabalhos mediados por plataformas que conectam profissionais e usuários.
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É claro que não saímos da discussão com uma fórmula mágica, mas alguns pontos de reflexão merecem destaque:
Ao final de todos esses pontos de discussão sobre a Gig Economy, o que se percebe é a necessidade de as empresas se reinventarem neste momento do mercado em que o vínculo das pessoas é mais inconstante. Talvez daqui a algum tempo se volte a valorizar a estabilidade do modelo CLT, com toda a segurança a ele associado. Mas aparentemente o incremento no ganho imediato viabilizado pelo modelo PJ e a liberdade de escolha estão fazendo a cabeça dessa nova geração.
Agora o desafio é fazer essas diferentes realidades e perfis profissionais diversos coexistirem, combinando ferramentas de recompensa para atender ao gosto de cada “freguês”.
Fernanda Abilel é professora na FGV e sócia-fundadora da How2Pay, consultoria focada no desenho de estratégias de remuneração.
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